Pode ser que os fortes sempre levem vantagem sobre os mais fracos, seja na vida dos animais na selva ou dos animais nas cidades. Parece que tanto selva como cidades são territórios cruéis, onde a lei do mais forte impera gloriosamente. Mas nem sempre...
A
bíblia narra um episódio fantástico aonde o mais fraco arrebenta o mais forte,
utilizando-se da capacidade de pensar melhor que o outro. Pois é, muita gente
já leu sobre o famoso embate entre Davi e Golias, mas para quem ainda não teve
essa possibilidade, vamos contar alguns fatos e boatos desse evento bíblico.
Dizem
que lá pelos anos mil antes de cristo, a galera daquela terra prometida já
brigavam muito. Dizem que brigavam muito antes do episódio Davi versus Golias.
E como ainda não havia UFC e MMA de forma oficial, o embate foi narrado pelo
locutor Samuel. Mas vamos contextualizar a história antes de apresentar a luta
propriamente dita.
A
terra prometida era muito cobiçada por todos os povos dos arredores. Lá chovia
mel e deliciosos pães caiam dos céus, uma benção extraordinária. Ninguém
pensava em petróleo, metais preciosos e assistência social. O desejo era tomar
o lugar e se deliciar com os pães de mel que os céus mandavam. Coisa linda!
E
lá pelos 1000 AC, dois povos travavam uma briga constante: os Israelitas,
chefiados por Saul e os Filisteus, vindo do Oeste e chefiados por Crides. Dizem
que os filisteus eram gregos disfarçados de troianos, mas deve ser boato dos
opositores.
Os
filisteus queriam porque queriam tomar a terra dos pães e os israelitas estavam
lá para defender o reino do mel. A provocação era direta e diária e um
confronto mais significativo era iminente. Os filisteus contavam com homens
grandes, fortes e ignorantes, ou seja, tinham um exército perfeito. Os
israelitas eram organizados, mas no mano a mano levariam porrada facilmente.
Briga
daqui, briga dali e nada de diplomacia até que surgiu um gigante filisteu, irmão do rei Crides, que
estava escondido atrás de uma colina e bradou:
-
Escolham um homem pra lutar comigo. Quem vencer fica com todos os pães e todo
mel. Se arregarem, perdem tudo.
Não
era uma provocação caprichosa e sim uma ameaça pesada feita pelo gigante. A
moçada de israel se reuniu e escolheram o único representante que tinha coragem
para enfrentar o gigante: Davizinho.
Tudo
combinado, chegou o grande dia da luta dos séculos e séculos. O locutor Samuel
tomou o meio do território dos lutadores e anunciou:
-
Do meu lado esquerdo, medindo 2,90 metros de altura e pesando 180 quilos sem
contar as armaduras e caneleiras, Golias dentes de aço e unhas metálicas.
Muito
aplaudido pela torcida filisteunenses com aquele coro tradicional:
-
Já ganhô, já ganhô. Pão de mel é nosso!
E
o locutor apresentou o opositor:
-
Do meu lado direito, medindo um metro e meio de altura e pensando quatro
arrobas e meia contando as armaduras e caneleiras, Davi dentes limpos e
escovados.
Aplaudido
discretamente pelos parentes mais próximos e vaiado pela torcida adversária. O
locutor que também era juiz da luta orientou:
-
A única regra desse embate é que não existem regras. Lutem.
O
gigante olhou bem nos olhos do pequenino Davi e soltou uma gargalhada fatal, gritando para seu irmão:
-
Ô Crides, fala pra mãe que vou chegar cedo hoje.
A
luta mal começou e o esperto Davi olhou para seu pequeno embornal e escolheu a
pedra mais pontuda que tinha. Pegou seu estilingue atômico e engatilhou a
pedra. No primeiro movimento do gigante, disparou a pontuda pedra no único
ponto vulnerável do fortão: a cabeça. Dizem que foi no meio da testa e muitos
afirmam que a cabeça sempre foi o ponto vulnerável do gigante. Dizem que sentia
dores quando pensava, mas deve ser boato dos opositores.
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