Um garotinho entra em casa
correndo e gritando:
- Vó, vou brincá no METAVERSO!
A avó não entendeu absolutamente
nada, mas firmemente se posicionou:
Pois é! Deveríamos escutar mais nossos
melhores educadores. Mas, afinal, do que se trata esse tal Metaverso? Seria
algum tipo de formação profissional ou alguma forma de poesia, onde as rimas
somente fariam sentido em um universo paralelo? Sei lá, mas parece que a coisa
cresce de forma meteórica. Vendem-se espaços nesse espaço virtual que custam
valores realmente estratosféricos.
Pode ser que o mundo novo seja
mais virtual que real, ou ainda, que não exista distinção entre tais estados.
Poderemos ser virtualmente ofensivos e realmente carinhosos com nossos irmãos
bonequinhos (avatares). O inverso também poderá ocorrer. Talvez o inverso
esteja relacionado a algo que fica dentro de um verso qualquer.
E qual é a definição de
Metaverso? Alguma coisa como viver num espaço meio imaginário, mas com as
sensações, dúvidas e benefícios da vida real. Ou seja, você poderá receber
alguém em sua casa virtual, servir um banquete imaginário, conversar bastante e
ainda sentir-se de barriga cheia e até meio zonzo de embriaguez. Poderá odiar e
amar virtualmente, sentindo raiva e prazer como antigamente. Será possível?
E será que caberá todo mundo
nesse espaço? Ou teremos “Sem Metaversos”
por aí? Sinto-me inclinado a pensar que não caberão todos os mais 8 bilhões de
seres que se dizem humanos. Tô achando que teremos movimentos com
reivindicações. Greves, paralizações, manifestações e o pior: postagens nas
redes (afinal, os excluídos não conseguem penetrar no metaverso).
Fico imaginando (em meu metaverso
mental) que um grupo, denominado MSM, irá invadir os loteamentos virtuais,
provocando uma crise cibernética de dimensões épicas. Os soberanos proprietários
de terrenos virtuais iriam se unir para combater os invasores. Construindo
muralhas, barreiras e preconceitos inovadores. Uma guerra virtual: a 1ª Guerra
Mundial Virtual. Pode ser que nada disso aconteça, mas é melhor se prevenir e
quem sabe escutar mais os nossos velhos e queridos educadores:
- Não se META com esse VERSO, menino.
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