Pode ser que numa história prevaleça a versão dos vencedores. Pode ser ela seja contada e recontada várias vezes até perder a originalidade. Mas quem são os vencedores e os perdedores após ter passado muito tempo?
Novembro de 1889.
Império situado entre as porções laterais da linha do equador, com muito sul e
pouco norte, ou seja, hemisférios desbalanceados, sem equilíbrio desde a sua
descoberta. Mas isso não importa. Novembro de 1889. Essa data marca o fim de
uma verdadeira república, mesmo que imperial e imperiosa. E o fim marcou o
início de uma potencial farsa. Dizem até hoje que é necessário refundar a
república. Pode ser que sim, pois, consertá-la seria muito difícil e custoso
(só para não dizer impossível!).
Dizem que na constituição dessa República, consta uma cláusula pétrea que determina a existência de uma prisão presidencial, instalada no meio da floresta e cercada por rios caudalosos, onde todo presidente eleito democraticamente ou não, seja levado imediatamente após o término de seu mandado. E ainda, possui um dispositivo que possibilita encarcerar o elemento antes mesmo de terminar o mandato. Mas como ninguém conhece ou lê essa danada de constituição, não é possível saber se cláusula existe ou não.
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