Quando eu era muito
pequeno não existiam muitas vacinas. Para ficar livre de algumas doenças era
mandatório tê-las o quanto antes. Uma vez já detentor daquela enfermidade
virótica você se encontrava livre. Era o que tínhamos para aquele tempo.
Mas hoje temos uma
boa diversidade de vacinas. E o conceito é o mesmo daquele que passei na minha
infância, ou seja, é melhor pegar a doença o quanto antes. E funciona bem. Só
que existem os paladinos de tragédias que afirmam que as vacinas é que são as
responsáveis pelas doenças. É como se os vírus adquirissem a capacidade de se
vingar do ser humano por esse ter se metido com eles. E cresce o número de
pessoas que compartilham a ideia e querem banir as vacinas. Sem vacina, sem
doença. Sendo assim, voltaremos a viver nas cavernas ou nos esconderijos da
nossa ignorância.
Em tempos de pandemia
a situação se complica. Muitos estão sedentos por uma vacina salvadora que
permitirá voltar tudo ao normal. Que normal era esse que nos levou a uma
pandemia? Será que vale a pena voltar ao normal? A vacina virá, aliás, está
vindo a galope como nunca antes na história. Às vezes penso que seja uma
conspiração capitalista que quer te laçar e impor aquele normal insano e
ganancioso. Outras vezes penso que seria melhor criar uma vacina contra a
ignorância, a soberba, o preconceito e a desigualdade. Pode ser que essa vacina
já exista, mas não é comercialmente interessante.
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