Pode ser
que você conheça alguém que diz que sabe tudo. Ou talvez você mesmo seja o
sabichão do mundo. Eu conheci um sujeito que sempre dizia saber de tudo. Não
existia tema que ele não versava com maestria e sapiência. Já havia atuado em
áreas de toda espécie. Foi carnavalesco, gerente de projetos, educador social,
estatístico, conselheiro político, farmacêutico, entre outras funções.
Quem o
conhecia achava que ele era eterno, que navegava do passado mais remoto ao
futuro inatingível pelas pessoas normais. Reza a lenda que ele foi nomeado como
“Conselheiro de Deus” e sua primeira atuação conhecida foi no episódio da
criação do mundo.
Deus o
chamou em seu escritório e contou-lhe sobre sua intenção de criar o mundo, o
ser humano, os animais, as plantas e tudo que permeia um paraíso. O conselheiro
achou interessante, mas ponderou: “É bom, mas primeiro, faça-se a Luz”.
Foi uma
lenda que perdurou até outro episódio, esse nos tempos atuais. O grande mestre
sabichão era o dono de um projeto em que trabalhávamos com dinamismo, garra e
muita bebida após o expediente. Em uma dessas reuniões após o expediente, num
bar, a gente bebia e conversava sobre aqueles temas que residem nas cabeças dos
“manguaçeiros”. Imaginem quais.
Pois bem,
lá pelas tantas, alguém citou que tinha o dom da psicografia. Foi aí que o
nosso mestre sabichão entrou em evidência total, dizendo:
- Bichão,
bichão! Eu não só psicografo como também vejo os espíritos que te acompanham.
Agora mesmo vejo seu pai ao seu lado esquerdo.
Pânico
geral entre os “manguaceiros”, em especial ao simples psicógrafo. Ele ligou
imediatamente (e desesperadamente) para o pai:
- Pai,
pai? Tá tudo bem contigo? Alô, alô? Pai?
E o pai
respondeu com certo desdém:
- Isso
é hora de me ligar. Tava numa boa aqui, no terceiro sono.
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