Nomofóbicos Anônimos



Pode ser que as associações filantrópicas e/ou de apoio aos cidadãos necessitados sejam realmente eficientes. Pode ser também que existam entidades “pilantrópicas” que tendem a levar o sujeito a total leveza dos bolsos. Seja como for, mais ajuda quem menos atrapalha. Os “AAs” e “NAs” certamente ajudam.

Mas o mundo muda com mesma rapidez que cresce o número de dependentes de alguma coisa. E quanto mais tecnológico fica, menos reflexão permite. Os novos dependentes precisam de ajuda “online / real time”. Tem gente que esquece óculos, documentos e remédios, mas jamais esquecem o aparelho celular. Tem gente que leva o danado pra todo lado que vai, seja no banheiro seja na mesa da refeição. As bactérias do mal agradecem.

E criou-se um termo para essa dependência digital, a “nomofobia”, que é o medo de ficar sem o danado do artefato móvel (No Mobile Phobia). Síndrome abençoada pelas bactérias do mal que leva a irracionalidade aos limites cibernéticos.

Mas seus problemas acabaram. Os “Nomofóbicos Anônimos” te esperam. Eles querem que você interaja virtualmente. Faça já um download do aplicativo e liberte-se dessa síndrome cruel contemporânea. Envie mensagem aos amigos que também precisam de ajuda. Seja você o instrumento da libertação, utilizando os recursos digitais. Mas não mandem email, pois eles ficaram ultrapassados tecnologicamente.

Brincadeiras a parte, vale a reflexão, se é que podemos refletir sem culpas. Não tem como voltar atrás e talvez não valha a pena retroagir. As inovações podem representar nossa sobrevivência e são de enorme valia em nosso cotidiano. Tudo está mais rápido e sem tecnologia ficaremos presos no passado. Mesmo que atinja nossa privacidade, ela parece definir se existimos ou não. Vale a reflexão.

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