Arquétipo de Ícaro - Prefácio

“Você pode descobrir mais sobre uma pessoa em uma hora de jogo do que em um ano de conversa”

Conhece essa frase? Atribuída a Platão, costuma aparecer com certa frequência aqui e ali nas minhas redes sociais. Tenho que concordar e discordar ao mesmo tempo, pois um ano de terapia certamente me parece algo efetivo! No entanto, o lúdico como ferramenta carrega um incrível potencial analítico, principalmente na infância, fase que a criança cria, destrói, e usa a brincadeira para viver situações que ultrapassam a barreira da realidade, mas que, ao mesmo tempo, ajudam-na a se estabelecer no mundo. 

Cria, destrói e se estabelece no mundo. Sabe o que isso me lembra?

War.

É, War, aquele mesmo, o jogo de tabuleiro. Hoje em dia, Platão diria “Você pode descobrir mais sobre alguém em uma partida de War do que em 5 anos de conversa, que é mais ou menos o quanto essa merda de jogo dura, agora rola esses dados aí que eu vou conquistar a Itália”.

De uns tempos para cá, comecei a me interessar cada vez mais por jogos de tabuleiro. Existem vários bem diferentes - de War mesmo, não sobrou nada. É a desculpa perfeita para reunir alguns amigos. Falando em reunião, o momento do jogo é realmente curioso, pois algumas personas emergem dos indivíduos mais inesperados. Refiro-me a uma em particular: a competitiva. Aquela que coloca lenha na fogueira e transforma a partida em o que parece ser uma disputa pela medalha de ouro em plena Olimpíada.

Esta história baseada em inverdades é sobre a pessoa mais competitiva que nunca conheci.